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- Se não recebermos ajuda suficiente para pagarmos as nossas dívidas, vamos fechar as portas brevemente.
Este é o desabafo da secretária do Grappa - Grupo de e Prevenção aos Portadores da Aids, Maria Aparecida de Jesus Santos, que está visivelmente preocupada com as dificuldades financeiras desta entidade, que atende não somente portadores do vírus HIV da cidade, mas também de todo o Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e Sul da Bahia.
De acordo com a secretária, o Grappa tem uma dívida de aproximadamente de 8 mil reais, contraída mediante débitos com encargos, aluguel da instituição, que ainda não tem sede própria, e ajuda ao usuário.
- É bom lembrar que as contas de água, luz e telefone e, ainda, a vigilância eletrônica estão todas em atraso e temos a consciência que temos que pagar, mas não temos condições. Maria Aparecida afirma que o que vem acontecendo é que se destina uma quantia em dinheiro para pagar determinada conta e outra fica prejudicada. Segundo ela, no dia 15 de outubro deste ano o Grappa completa 15 anos de serviços prestados à comunidade, no entanto, ela não sabe se esta referida data de fato será comemorada.
– Disponibilizamos ajuda para 394 pessoas que são todos cadastrados, inclusive algumas pessoas que são parentes dos portadores do vírus HIV também recebem algum tipo de auxílio.
Sobre a distribuição gratuita de camisinhas tanto masculina como feminina Maria Aparecida diz que não está prejudicada, uma vez que o repasse é feito pelo governo do estado. Ela lembra que para receber a mesma, é necessário que a pessoa leve até a sede do Grappa carteira de identidade ou CPF e assim esteja apta para o recebimento, e também para que a diretoria possa prestar contas para o governo do estado.
- O governo municipal libera por ano uma verba de 8 mil reais e destina uma ajuda na área de assistência social - ressalta Maria Aparecida de Jesus Santos, que afirma ainda serem necessários a elaboração de projetos para que mais verbas sejam liberadas.
Segundo ela, a burocracia é um empecilho que vem impedindo o desenvolvimento dos projetos e o prosseguimento das atividades desta entidade.
Ela faz um apelo para que a comunidade possa doar roupas, alimentos, calçados e ajuda em espécie para que as dívidas possam ser sanadas. Maria Aparecida entende que a colaboração da classe empresarial poderia ser uma das alternativas consideradas importantes para a solução dos problemas financeiros vivenciados pelo Grappa. Ela afirma ainda que qualquer tipo de ajuda é bem-vinda neste momento.
– É importante que a população conheça o trabalho desenvolvido por nossa entidade. Atendemos de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h30, à rua Dona Eva nº 4, próximo ao antigo prédio da Fafil. Quem quiser nos ajuda com qualquer quantia em dinheiro, o número da conta é: 44245, agência 3144, banco Credinor – finaliza.
fechamento doação
Jornal O Norte
23 de maio de 2007