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Mulheres recebem orientações sobre costura e empreendedorismo

Participantes do Projeto
Crédito: Divulgação

Um grupo de 27 mulheres com faixa etária dos 23 aos 65 anos estão participando do projeto de empreendedorismo em Montes Claros, em iniciativa da Fundação Fé e Alegria e o Sebrae. A proposta é fomentar a inclusão produtiva, por meio do empreendedorismo e com isso, criar uma alternativa de trabalho e renda. A ideia da parceria surgiu após um convite ao Sebrae para ministrar palestras durante a feira de empreendedorismo, que é realizada pela entidade ao final de cada ano. "Percebemos que poderíamos incentivar as pessoas atendidas pela fundação a gerar renda e aumentar a autoestima. Firmamos a parceria e, após um mapeamento, identificamos que as mulheres poderiam trabalhar na confecção de peças íntimas", conta o assistente do Sebrae Minas Yuri Rodrigo.

No início de 2020, a Fundação iniciou o curso presencial para a confecção das peças íntimas, mas devido pandemia da Covid-19, as atividades foram suspensas. Mas, para que o trabalho não fosse paralisado, as atendidas receberam um kit com malhas, elástico e linhas e continuaram a produzir em casa, sempre com acompanhamento virtual. O Sebrae também continua com orientações online, como o curso "aprender a empreender", com dicas de finanças, marketing e vendas.

A coordenadora da Fundação Fé e Alegria, Fernanda Ariele Silva, destaca que a parceria impulsionou e motivou o trabalho e a vida das participantes. "Procuramos o Sebrae porque queremos proporcionar a essas mulheres possiblidades de geração renda. Elas passaram a entender de precificação e finanças e estão tendo contato com ferramentas digitais. Essa é uma forma de incentivarmos o empreendedorismo feminino e aumentar a estima das participantes", enfatiza.

Desempregada há quatro anos, Laura Pereira Sarmento, moradora do Carmelo, mesmo bairro onde fica a Fundação Fé e Alegria, comemora o fato de ter sido acolhida pela entidade e poder participar do projeto da produção de roupas íntimas e das capacitações do Sebrae. "Estou gostando bastante. Descobri coisas que nem imaginava sobre empreendedorismo. Mesmo on-line, consegui aprender e explorar meu potencial. É uma base para uma nova etapa da minha vida. Estou colocando em prática o que aprendi e espero, em breve, com minha confecção ter meu dinheiro e no futuro possuir meu próprio negócio", relata.

Depois de trabalhar em uma fábrica de tecido, Luciene de Jesus Soares soube do trabalho da Fundação Fé e Alegria, por meio de uma amiga. Ela fala com entusiasmo de poder participar do projeto. "Eu amo costurar, e o projeto me deu a oportunidade de voltar a trabalhar no ramo. Neste período da pandemia, devido à procura, estou fazendo muitas máscaras, mas quero voltar a confeccionar as roupas íntimas e no futuro me formalizar como MEI. Esses cursos, como o Aprender a Empreender, nos ensina sobre as vantagens de ser formalizado e a entender um pouco mais sobre o empreendedorismo. Vou continuar dedicando e fazendo outras aulas", ressalta.

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Girleno Alencar


10 de outubro de 2020


Gazeta Norte Mineira


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