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Trilhando o caminho ESG: instituição da governança

Revista ACI - Fevereiro 2023

O envolvimento da liderança corporativa foi a primeira condição para trilhar o caminho ESG (Ambiental, Social e Governança em inglês) tratada aqui na Revista ACI em sua edição número 72. Agora o nosso assunto será a instituição da governança. Quem está envolvido na gestão de uma empresa sabe quão amplo é o leque de atuação. Por isso, apenas conhecer a área operacional não é suficiente para garantir a sobrevivência do empreendimento. As funções específicas de planejamento, organização, direção e controle abrange também finanças, recursos humanos, tecnologia, marketing e vendas, entre outras. Sabendo que ESG é um caminho sem volta para as empresas, em função de regulamentações e exigência de mercado crescentes, para ser efetiva, ela deve ser integrada neste rol.

É desejável a definição de líder para a coordenação da agenda e integração entre as pessoas e áreas envolvidas. Ela deve ter um perfil que facilite a disseminação das informações e o engajamento das equipes, bem como capacidade para apoiar os trabalhos. A inclusão no plano organizacional depende do porte da empresa e da forma como está estruturada. De qualquer modo, é importante considerar que haverá atuação nos níveis estratégico, tático e operacional, além da transversalidade do tema, ou seja, deve estar presente nas demais. Então, uma alternativa interessante é a constituição de instâncias compostas por profissionais não exclusivos, que estejam envolvidos também em outras áreas. Veja algumas possibilidades:

  • Staff consultivo com a atribuição de apoiar a alta gestão, ligado ao Conselho de Administração ou à Diretoria, fazendo com que a agenda ESG esteja presente nas deliberações e podendo também cuidar da implementação das diretrizes ESG na organização.
  • Comitê gerencial reunindo ocupantes de cargos de comando a fim de proporcionar o planejamento e execução integradas das ações definidas de acordo com as diretrizes estabelecidas, bem como o compartilhamento de experiências entre as diversas áreas da empresa.
  • Equipes de trabalho responsáveis pelas ações, envolvendo os profissionais com as competências necessárias para a execução dos trabalhos.

Estabelecida a estrutura, é preciso formalizar a Política ESG, ou seja, elaborar o documento que vai orientar as práticas na organização sobre o assunto. Ela deve conter o compromisso da empresa e diretrizes para planejamento e execução das ações e ser aprovada pela alta administração. É recomendável que a redação seja clara e objetiva e, principalmente, conhecida por todos.

Se a sua empresa já está preparada, parabéns! Se não, é hora de começar!

Proposições para Instituição da Governança ESG

  • Defina o líder responsável pela coordenação das ações e integração entre pessoas e áreas envolvidas.
  • Estabeleça instâncias para atuação estratégica, tática e operacional na estrutura organizacional.
  • Elabore a Política ESG para orientar o planejamento e as práticas na organização sobre o assunto.

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Publicado em: 02 de fevereiro de 2023

Edenilson Durães


Consultor e mentor nexialista, palestrante, empresário contábil


Referência Regional em Responsabilidade Social Empresarial


Líder LICI (Líderes Inteligentes para Cidades Inteligentes) certificado pelo Instituto Smart Citzen


Conselheiro do CRCMG (Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais), membro da Câmara de Administração e Planejamento


Presidente do ED Instituto (Instituto de Educação para o Desenvolvimento Sustentável) e Coordenador do Coletivo SCO® (Sociedade Civil Organizada)


Diretor de Desenvolvimento Regional da ADENOR (Agência de Desenvolvimento da Região Norte de Minas Gerais)


Diretor da ACI (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montes Claros)


Conselheiro Fiscal do MCRC&VB (Montes Claros e Região Convention & Visitors Bureau)


Membro do Conselheiro Curador da UNIMONTES (Universidade Estadual de Montes Claros)


Membro do GT3/MM2032 (Grupo de Trabalho 3, Desenvolvimento Regional Integrado, do Movimento Minas 2032) e Coordenador da CT/FIA-FDI (Câmara Temática Fundos da Infância e Adolescência e Fundos de Direitos dos Idosos)


Membro do Ecossistema de Inovação Norte Valley


Voluntário há 40 anos, especialmente nas áreas da infância e adolescência, empreendedorismo e desenvolvimento terriorial e humano


Bacharel em Ciências Contábeis com pós graduação em Controladoria


Foi professor, coordenador de campus e chefe do Departamento de Ciências Contábeis da UNIMONTES (Universidade Estadual de Montes Claros)


Foi consultor, palestrante e instrutor do SEBRAE nas unidades de políticas públicas e de educação, atuando nas áreas de empreendedorismo, mercado, finanças e gestão da qualidade


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