Revista ACI - Junho 2022
As atividades empresariais se relacionam direta ou indiretamente à produção e distribuição de bens ou prestação de serviços que atendem necessidades ou desejos de pessoas. Portanto, o fim de qualquer negócio é melhorar a qualidade de vida de pessoas e comunidades, causando impacto social.
As empresas estão inseridas no mercado que, além de clientes, envolve fornecedores, colaboradores, investidores, governos e a sociedade. Elas compram e vendem, recebem e pagam, recolhem tributos, geram trabalho, emprego e renda, girando a roda da economia. Assim, são agentes de impacto econômico.
E todo negócio consome recursos. Energia e água são exemplos comuns de necessidades das empresas, além de outros de acordo com o ramo de atividade. Como consequência natural de suas operações, os empreendimentos também geram resíduos. Boa parte são recicláveis e orgânicos, mas também podem ser de risco: infectantes, químicos, perfuro cortantes e radioativos.
Então defendo que qualquer empresa é um negócio de impacto, pois interfere nas áreas social, econômica e ambiental. Assim, o que diferencia, a meu ver, é ser um 'Negócio com Propósito'. O resultado é diferente quando os impactos causados pelo empreendimento são apenas consequências de suas operações ou são orientados por propósito definido.
Por isso a sociedade precisa de líderes empresariais conscientes do seu papel na gestão dos negócios, a fim de que sejam direcionados para além do lucro, tendo o devido cuidado com as pessoas e o planeta. O mundo está se transformando e cada vez mais o mercado valoriza marcas que colocam de fato valores socioambientais em igualdade com os econômicos. É questão de tempo para que isso se torne um fator decisivo de continuidade das empresas.
Os gestores precisam buscar o desenvolvimento de uma cultura organizacional alinhada com os aspectos ESG (sigla na língua inglesa para os termos ambiental, social e governança) que têm sido disseminados em ambientes corporativos. E é essencial que isso vá além da comunicação, devendo existir conformidade com as ações praticadas.
Mesmo em empreendimentos de menor porte, assim como é necessária dedicação na solução dos desafios do dia a dia, é preciso também ter tempo para análises que possibilitem dar a orientação correta aos negócios. Reflexões com base em questões norteadoras como o que fazemos, para quem fazemos, como fazemos e com quem fazemos, podem ajudar a responder o porquê fazemos. E assim definir propósito para a empresa.
Tendo clareza de objetivos e sendo estes disseminados e compreendidos por todas as pessoas da organização, ações devem ser desenvolvidas a fim de que haja um incremento gradativo de confiança e felicidade até chegar a um nível pleno.
Outro fator relevante é o cuidado com os processos. É importante assegurar que os clientes tenham suas expectativas atendidas, conforme os requisitos estabelecidos. E isso precisa ser otimizado, minimizando o consumo de recursos e a geração de resíduos, além do desenvolvimento de ações compensatórias. A atividade presente deve sempre levar em conta a garantia da sobrevivência com qualidade das futuras gerações.
A verdadeira geração de riqueza é muito mais do que acumulação de bens. É a construção de um legado!
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Publicado em: 20 de junho de 2022
Edenilson Durães
Consultor e mentor nexialista, palestrante, empresário contábil
Referência Regional em Responsabilidade Social Empresarial
Líder LICI (Líderes Inteligentes para Cidades Inteligentes) certificado pelo Instituto Smart Citzen
Conselheiro do CRCMG (Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais), membro da Câmara de Administração e Planejamento
Presidente do ED Instituto (Instituto de Educação para o Desenvolvimento Sustentável) e Coordenador do Coletivo SCO® (Sociedade Civil Organizada)
Diretor de Desenvolvimento Regional da ADENOR (Agência de Desenvolvimento da Região Norte de Minas Gerais)
Diretor da ACI (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montes Claros)
Conselheiro Fiscal do MCRC&VB (Montes Claros e Região Convention & Visitors Bureau)
Membro do Conselheiro Curador da UNIMONTES (Universidade Estadual de Montes Claros)
Membro do GT3/MM2032 (Grupo de Trabalho 3, Desenvolvimento Regional Integrado, do Movimento Minas 2032) e Coordenador da CT/FIA-FDI (Câmara Temática Fundos da Infância e Adolescência e Fundos de Direitos dos Idosos)
Membro do Ecossistema de Inovação Norte Valley
Voluntário há 40 anos, especialmente nas áreas da infância e adolescência, empreendedorismo e desenvolvimento terriorial e humano
Bacharel em Ciências Contábeis com pós graduação em Controladoria
Foi professor, coordenador de campus e chefe do Departamento de Ciências Contábeis da UNIMONTES (Universidade Estadual de Montes Claros)
Foi consultor, palestrante e instrutor do SEBRAE nas unidades de políticas públicas e de educação, atuando nas áreas de empreendedorismo, mercado, finanças e gestão da qualidade